O eletroencefalograma (EEG) é um exame não invasivo que registra a atividade elétrica do cérebro. Este procedimento é frequentemente utilizado para ajudar no diagnóstico de uma variedade de condições neurológicas, além de permitir o monitoramento da atividade cerebral em tempo real. Neste artigo, vamos explorar o que é o EEG, como ele é realizado e suas principais indicações.
O que é o EEG?
O EEG é um procedimento de diagnóstico que detecta e registra a atividade elétrica do cérebro por meio de eletrodos colocados no couro cabeludo. Esses eletrodos captam os impulsos elétricos gerados pelas células nervosas do cérebro, permitindo a análise da atividade cerebral em diferentes regiões cerebrais e estados, isto é, tanto acordado como no sono.
Como é Realizado o EEG?
Durante o EEG, o paciente é solicitado a deitar-se confortavelmente em uma maca ou cadeira reclinável. Os eletrodos são colocados no couro cabeludo usando um gel condutor para garantir uma boa condutividade elétrica. Durante o exame, idealmente é avaliado o paciente tanto em repouso, no que chamamos de vigília de olhos fechados (acordado porém de olhos fechados), como no sono, enquanto a atividade cerebral é registrada por um computador.
Provas de ativação
Durante a realização do exame, a atividade elétrica cerebral será avaliada também durante provas de ativação, isto é, são tarefas que ajudam no aparecimento de anormalidades quando essas existem, logo contribuem para a interpretação do exame e no processo diagnóstico. Dentre essas provas as mais usadas são: abertura e fechamento ocular, a hiperpnéia e a fotoestimulação.
Principais indicações do EEG
1. Diagnóstico de Epilepsia: O EEG é frequentemente utilizado para auxiliar no diagóstico e acompanhamento de casos de epilepsia, ajudando a determinar o tipo específico de atividade elétrica cerebral associada a convulsões e outros eventos epilépticos.
2. Avaliação de Distúrbios de Movimento: O EEG pode ser usado para avaliar distúrbios do movimento, isto é, para realizar diagnóstico diferencial entre uma possível epilepsia ou um evento não epiléptico, como tiques, esteriotipias complexas, mioclonia benigna do lactente, entre outros.
3. Investigação de Distúrbios Neurológicos: O EEG contribui na avaliação de distúrbios neurológicos como enxaquecas, cefaleias, acidentes vasculares cerebrais, traumatismo cranioencefálico e demência.
4. Monitoramento de Sedação e Anestesia: Durante procedimentos cirúrgicos ou sedação, o EEG pode ser usado para monitorar a atividade cerebral e garantir a segurança do paciente.
5. Avaliação de Alterações do Nível de Consciência: Em alguns casos, o EEG pode ser utilizado na avaliação de paciente internados, especialmente nas unidades intensivas, que apresentam alteração da consciência, como no coma.
Conclusão
O eletroencefalograma é uma ferramenta valiosa na avaliação e monitoramento de uma variedade de condições neurológicas e distúrbios do cérebro. Compreender suas indicações e o processo de realização do EEG pode ajudar pacientes e profissionais de saúde a tomar decisões informadas sobre o diagnóstico e tratamento de problemas neurológicos.
Se você ou alguém que você conhece pode se beneficiar de um EEG, consulte um neurologista ou neuropediatra, de preferência que seja neurofisiologista, ou seja, que tem formação a mais nessa área, para orientação e encaminhamento adequados.
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