A epilepsia é uma doença cerebral que tem diversas causas associadas que levam a predisposição de ocorrer descarga elétrica nos neurônios de forma desordenada.
Isto é, durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada focal; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, são generalizadas.
Definição:
Consideramos que alguém tem epilepsia quando se enquadra em uma das 3 opções:
1- Ter apresentado 2 crises epilépticas, que não foram causadas por drogas, febre, distúrbios metabólicos, em intervalo maior de 24h. Ou seja, tenha crises recorrentes não provocadas.
2- Ter apresentado uma crise não provocada porém apresentar algum fator de risco para recorrência da crise, como alteração estrutural do cérebro.
3- Ter uma crise epiléptica que se enquadre em uma síndrome epiléptica conhecida
A epilepsia é relativamente comum. Estima-se que 1 a 2 pessoas em um grupo de 10 indivíduos tem epilepsia. Desta forma, teriam cerca de 3 milhões de pessoas com epilepsia somente no Brasil.
A epilepsia pode ter causa genética ou adquirida. Dentre as causas adquiridas estão: traumatismo craniano levando a lesão cerebral, AVC, meningite ou encefalites que causaram lesão cerebral permanente, tumores cerebrais, anóxia neonatal, malformações cerebrais, entre outros.
Classificação da epilepsia:
A epilepsia pode ser classificada de acordo com os sintomas durante a crise epiléptica. Desta forma, ela é classificada entre crise focal (quando começa apenas em uma área do cérebro) ou crise generalizada (quando acomete desde o início todo o cérebro). Além disso, pode ser subdividida em crise com início motor (quando há movimentação de algum grupo muscular) ou não motor (não há nenhuma alteração motora).
As crises focais podem ser divididas em perceptivas (quando durante todo o episódio a pessoa fica acordada e lúcida) ou disperceptiva (se em algum momento da crise a pessoa para de responder, perdendo a consciência — não precisa fechar os olhos ou “desmaiar”, basta estar “desligada” do ambiente).
Diagnóstico:
O diagnóstico da epilepsia é feito por meio da avaliação da história contada pelo paciente ou familiares, com informações sobre os tipos de crise apresentados, a idade de início dos sintomas, a história familiar, entre outras. Além de realização de exames complementares para auxiliar no diagnóstico, como o eletroencefalograma e a ressonância magnética do cérebro.
O diagnóstico apropriado da epilepsia e do tipo de crise apresentado pelo paciente permite a escolha do tratamento adequado o qual será realizado com medicamentos para controle das crises.
Agora que você já entendeu sobre epilepsia. Sabe a diferença entre convulsão e epilepsia?